sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Capitulo 6


No momento que disse a Liliam o que eu tinha achado da peça dela sabia que tinha arrasado o ser dela, sabia que tinha feito errado em ter dito aquilo, mas quer saber de algo, na hora eu não tava nem ai queria que todo mundo se lascasse minha vida tava desabando, pois eu ia ter de morar sozinho e me virar para viver.
Chegando em casa, como de costume não tinha ninguém e nem sombra de que teria alguém por um bom tempo, tinha apenas um bilhete de minha tia, nele ela explicava que eles tinham ido, o porque deles não terem me levado e no fim ela avisa que minha vô e meu vó voltariam em dois meses para ficar comigo. Na hora eu senti raiva, uma raiva inexplicável, pois porque eles me deixaram e não me disseram os motivos pessoalmente, fiquei com raiva e um pouco decepcionado esperava mais dos meus tios.
Então eu preparei minha janta comi, tomei banho e fui dormir, estava sem animo algum para fazer nada e pensar que no outro dia ainda teria aula. No Outro dia acordei no horário de sempre e fui tomar meu banho matinal, enquanto tomava banho so pensava em como seria minha vida nesses dois meses sem adultos por perto, sem ter alguém para sequer dar um bom dia, sem nada para fazer tomei meu café rapidamente e fui para escola, fiz um trajeto meio diferenciado do habitual, mas como ainda estava cedo não resisti e fui para a pracinha alimentar os pombos. Quando estava chegando lá vi uma pessoa sentada no local onde eu costumava sentar alimentando os pombos, parei por um instante e tentei ver quem era quando fui chegando mais perto vi que era a Liliam, por um instante pensei em mudar meu rumo ou passar direto, mas fiquei sem jeito em fazer isso de novo e além do que eu tinha quase certeza que ela estava com raiva de mim.
Então cheguei perto e sentei-me no banco e comecei a jogar pedacinhos de pão para os pombos sem dar muita importância por Liliam estar sentada ao meu lado, então ela falou num tom super calmo:

-Bom dia Edgar, tudo bem com você?

Naquele momento eu fiquei estarrecido, olhei para o lado e a vi com aquele seu habitual sorriso no rosto olhando para mim, fiquei com o rosto meio corado e meu coração acelerou por um simples momento eu comecei a desejá-la, comecei a gostar dela, meio sem graça eu perguntei:

-Você não está com raiva de mim?

-Não de modo algum, alem de que eu nunca ficaria com raiva, porque eu gosto de você e faz um bom tempo isso.- Ela respondeu ficando meio sem jeito.

-Como assim? Não consigo te entender...Eu não te trato bem, esculacho sua peça e mesmo assim você gosta de mim?- Perguntei sem jeito e envergonhado por tudo que eu havia feito.

-Bem...Eu não sei explicar ao certo como eu não fiquei com raiva de você mesmo você me dando motivo para isso, mas a verdade é que eu gosto de você desde o primeiro dia que te vi e não sei porque eu tenho a sensação que já te conheço faz um bom tempo-disse ela hiper sem jeito, já bem vermelha.

Naquele momento eu fiquei muito sem jeito e sem me dar conta acabei por abraçá-la com força e carinho o suficiente, ela ficou sem graça e começou a chorar em meu ombro, não era um choro de triste e sim de alegria. Por um instante eu senti vontade de chorar também, chorar e dizer que gostava dela, mas senti que estávamos sendo observados, então eu me levantei, estendi a minha mão para ela e disse:

-Liliam vamos, está ficando tarde.

-Uhum...Vamos -Respondeu ela limpando as lagrimas dos olhos. Então ela se levantou e me deu a mão, e nós fomos para escola, enquanto andávamos ela me perguntou:

-Edgar depois você me ajuda a criar uma peça de teatro igual a sua?

-Sim, depois eu a ajudo com certeza-respondi.

Então de Longe três pessoas realmente nos observavam, uma garota e dois rapazes, então a garota falou:

-Bem...Finalmente te achamos meu irmão!!

Continua...

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