sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Capitulo 2





 Conversando com a Maira pela primeira vez na vida senti uma paz me envolvendo, me senti bem por alguém no mínimo não ter me achado estranho e ter me ajudado em um momento aparentemente difícil, quando cheguei na porta de casa me desapoiei dela e ela com um sorriso calmo me disse:


-Bem...Acho que é só...Até mais.
-Espera! – Disse eu na hora que ela se virou para ir embora.
-Sim, o que você quer? – Ela perguntou sem tirar aquele belo sorriso estampado em seu rosto.
-No veremos de novo? – Perguntei
-Quem sabe...Mas tenho certeza que sim. Bem tenho que ir agora, tchau. – Disse ela, logo após isso ela foi embora e eu fiquei na porta de casa com cara de idiota olhando ela ir embora, provavelmente para casa dela.
Quando entrei em casa, ela estava silenciosa, provavelmente todo mundo deveria ter saído para algum lugar e esquecido que tinha de mim, e mesmo que se lembrassem eu não tava muito a fim de sair naquele dia. Bem então subi para o meu quarto e fiquei deitado na minha cama pensando no que tinha me acontecido naquele dia, fiquei pensando na proposta que a diretora me ofereceu e na Maira, que por sinal nem direito conhecia, contudo só de vê-la pela primeira vez senti uma empatia literal por ela é algo meio complicado de se dizer assim sem mais nem menos, mas foi o que senti por ela ao vê-la.
Depois de cerca de uns vinte minutos deitado pensando acabei pegando no sono e quando abri os olhos já era umas 6:20, então me levantei e fui tomar um banho, quando entrei no banheiro e tirei a camisa reparei que ela estava meio suja com sangue e meu corpo estava meio machucado por causa da surra que haviam me dado ontem, quando vi aqueles hematomas todos fiquei a com lagrimas nos olhos e fechei meus punhos com uma tremenda raiva de mim mesmo, pois nunca havia feito nada a eles, então porque toda aquela implicância comigo me sentia um idiota por muitas vezes acabar levando surra ou bronca por nada. Tomei banho e me troquei correndo e fui para escola com pressa, estava cedo, porém eu queria chegar cedo para poder tocar um pouco e falar com a diretora, chegando na escola eu deixei meu material na sala de aula e fui para sala de musica, quando estava perto da porta da sala ouvi uma leve sonoridade bem ponderada de um baixo, e um baixo daqueles hiper bem cuidado e que era daqueles que era de marca boa como um baixo da fender que havia visto há alguns dias atrás numa loja no shopping, então bati na porta da sala e entrei foi quando eu simplesmente achei que fosse morrer com o disparo que meu coração deu, tanto que só consegui dizer:
-Você por aqui!; Não conseguia acreditar que a garota que havia me ajudado ontem, que a Maira estava bem ali na minha frente tocando baixo de uma maneira tão serena, ela parou de tocar olhou para mim, naquele instante assumo que fiquei meio corado e sem jeito, então ela disse:
-Há...Bom dia para você também Evan-kun. E bem porque todo esse espanto ao me ver não se lembra que te disse que tocava baixo? – Perguntou ela com um sorriso meio apagado no rosto.
-He He...Bem você me falou isso sim, mas você ta estudando aqui agora? – Perguntei curioso. Mesmo que eu quisesse não conseguia esconder que estava hiper feliz por estar vendo a Maira de novo.
Depois de alguns instantes de Silencio ela respondeu num tom calmo:
-Sim, estou estudando aqui sou da classe 3-5B.
-Serio? Também sou da 3-5B que legal somos da mesma sala. – Disse eu, bem não era mentira fiquei empolgado por tê-la na mesma sala que eu, mas não sabia como expressar isso direito. Então ela disse:
-Bem...Agora o que você acha de tocar um pouco comigo?
-Ah legal, vamos então. – Respondi meio inseguro de minha capacidade em tocar guitarra, mas de certa forma eu era inexperiente em tocar guitarra sabia não fazia nem dois anos direito e mesmo assim tocava que nem um veterano, ela sugeriu a musica e eu simplesmente fui acompanhando o tocar dela no baixo com a guitarra, mas ela cantava e tocava tão bem que nem dava mais vontade de sequer tocar apenas para ficar observando ela tocar e cantar, e lá na sala de musica ficamos até o professor de Português nos chamar para assistir a aula dele.
Depois do período de aula peguei minhas coisas para ir para casa, quando vi a Maira falando com um garoto do 2º ano, na realidade ele era um homossexual que era meio isolado do povo da escola por acharem ele um viado estranho. Bem como não queria deixar de ser alguém atencioso fui falar com ela, e quando cheguei lá o cumprimentei e então perguntei para ela.
-É bem...Você já esta indo para casa Maira?
-To sim, tava só falando com o Hiro sobre você tocar guitarra. – Disse ela olhando para mim com um enérgico sorriso no rosto.
-Hã, mas ele então toca alguma coisa né? – Perguntei curioso, não havia como não perceber que eu estava intrigado com o fato dela estar falando de mim há uma pessoa que eu nem conhecia em especial falando que eu sabia tocar guitarra. Antes que eu pudesse mencionar qualquer coisa ela falou com uma certa empolgação.
-Ele sabe tocar bateria! Não é o Maximo?! Da para formarmos uma banda *-*
-É né Maira-chan *-* , contudo temos que saber se ele também aceita né amiga *-* - Disse Hiro com um sorriso hiper radiante no rosto.
De modo geral não sabia o que falar para eles, até porque eles estavam muito empolgados com o fato de poderem talvez montar uma banda e eu, de certo modo, não estava a fim de destruir esse sonho deles, então eu meio sem jeito falei:
-Mas como assim montar uma banda?
-Bem, lembra-se que você me falou que talvez ia tocar no show que ia ter na escola semana que vem?– Perguntou Maira.
-Sim, me lembro claramente disso...Mas o que isso tem haver com a banda? – Perguntei eu sem entender nada, naquele momento tava boiando legal no assunto que se desenrolava entre os dois.
-Evan-chan, o fato é que como você vai tocar no show de primavera da escola poderíamos nos juntar e formar uma banda para tocar no show...Entendeu agora? – Falou Hiro, bem pela primeira vez eu consegui reparar que até ele tava querendo ser conhecido na escola, não apenas como um viadinho que esta namorando homens. Então depois de alguns instantes de silêncio, eu olhei para eles e respondi:
-Hunf! Ta bom então...Vou montar uma banda com vocês.

-EBA!!!!!- Gritou os dois com uma enorme felicidade, podia sentir a felicidade no tom de voz deles e também na cara deles. Então a Maira pegou as coisas dela e fomos embora conversando sobre a banda.
Continua...

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