sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Black Roses

Capitulo 1

“Ainda quero descobrir qual é o verdadeiro prazer da vida, só serei feliz de verdade quando descobrir o motivo pelo qual posso cantar, e quando um amor de verdade eu vier a achar.”


-Evan-Nii! Evan-Nii! Ta na hora de você levantar! Acorda Aniki!

Bem foi assim que eu acabei acordando com os gritos do meu irmãozinho Shiro de oito anos tentando me acordar para ir a escola, não sei porque, mas sinto como se nem devesse ter sido acordado, estava tendo um sonho tão gostoso que nem se por acaso sentisse que fosse morrer iria querer ser acordado, bem na realidade minha vida nunca teve um sentido exato mesmo viver dormindo ou acordado não mudaria muito as coisas mesmo. Bem antes de qualquer coisa deixe me apresentar, meu nome é Evan Mitsouka, tenho 17 anos e atualmente estou no ultimo ano do colegial, também toco guitarra e componho como Hobby, mas normalmente as minhas composições estão fugindo muito daquilo que normalmente gosto e faço por mero prazer, atualmente elas estão mais sombrias com letras que mais pendem a morte, tristeza e bem de fato considerando como foi minha vida até hoje nunca pensei em grandes coisas para minha vida pessoal mesmo e considerando que eu posso ser um futuro gênio em varias áreas, ainda sim amo a musica e a sensação que ela me proporciona.
Depois de que finalmente consegui me levantar fui ao banheiro, tomei um banho, escovei meus dentes e desci para tomar meu café, o tomei de modo rápido e sem perceber que estava quase atrasado, quando olhei para o relógio o mesmo já marcava 10 para as 8:00 horas, mas do que depressa subi no meu quarto peguei meu MP3, minha mochila e minha Guitarra e me mandei para escola. Enquanto andava de modo meio apressado e ouvindo uma das minhas musicas favoritas viajava em pensamentos um pouco estranhos, diga-se de passagem. Sendo sincero nem eu sabia ao certo porque ainda ia para escola, nunca me entrosei, e sabia que ninguém daquela escola ia com a minha cara me achavam um CDF chato, arrogante, mal educado e desumilde e de certa forma eu acabava deixando exalar isso, não que fosse minha intenção deixar transparecer isso, mas não dava para evitar as vezes é como se esse fosse algo que era genético e impossível de ser mudado, mas bem meu dia estava apenas começando e eu já sabia que não ia ser bacana esse dia pois ir para escola já era uma droga, não suportava a idéia de ter que estudar com aqueles babacas que nem sabem se virar sozinhos. No caminho para escola acabei me encontrando com algumas alunas do 2º ano e francamente já percebi que o dia não ia ser bom mesmo, porque eu achava essas garotas fúteis demais, nunca vi nada de grandioso nelas e tinha fortíssimas suspeitas que elas eram interessadas em mim, mas nem dava bola para elas, no geral de amor eu tava era fugindo por hora, desprezava o amor de modo impressionante sempre achei que isso era idiotice, já havia sido muito apaixonado antigamente, mas essa pessoa brincou com meus sentimentos e me fez sofrer muito e hoje em dia graças a essa pessoa não quero nem sonhar com amores de modo geral, não acredito na palavra e nem no sentimento amor, acho ele estupidez, mas isso não vem exatamente ao caso nesse instante. Fato é que eu também era muito tímido e fechado em meu próprio canto.
Chegando na escola, já fui para minha sala coloquei minha mochila no meu lugar habitual, no meio da sala perto da janela e fui para sala de musica tocar um pouco, esqueci de dizer mais normalmente quando chegava na escola ia para sala de musica até que o professor passasse lá e me chamasse, chegando na sala de musica tirei minha Guitarra e alguns papeis com cifras que eu mesmo compus e comecei a tocar de um modo comum e bem gosto, estava ali sozinho em paz comigo mesmo, quando ouvi alguém bater na porta. 

-Licença você é o Evan? – Perguntou a pessoa, que quando abriu a porta pude ver que era uma das garotas do 2º ano.
-Sou eu sim porque? – Respondi com uma certa rispidez.
-Bem... É que minha amiga te acha um gatinho e queria saber se você...- Antes que ela pudesse terminar a frase eu Simplesmente respondi com uma Absurda raiva.
-AH RESPOSTA É NÃO. ERA SÓ ISSO NÃO? POIS BEM PODE SAIR DAQUI AGORA!
-Mas...-Ela tento argumentar.
-MEU CALA A BOCA E SAI DAQUI QUERO FICAR SOZINHO TOCANDO VOCÊ NÃO ENTENDEU? SOME!-Respondi num tom hiper ignorante, então a garota vendo que não conseguiria sequer dialogar comigo saiu dali deixando cair uma carta, então eu me levantei e peguei a carta e como já imaginava era para mim, não sei o que essas garotas tinham na cabeça, pois como podiam gostar de mim daquele jeito que eu era e elas sequer me conheciam, era nesses momentos que sentia mais raiva de mim mesmo. Pois por pior que eu fosse ainda sim atraia aquilo que eu mais desprezava e evitava ao extremo procurar, o sentimento que eu mais reprimia era aquele que mais me perseguia, o amor. Quando eu ia voltar a tocar minha guitarra a professora de Química veio me chamar para assistir a aula dela, então guardei minha guitarra e fui para sala assistir a aula dela.
Depois da aula dela já fiquei na sala para as próximas aulas só tendo como tempo vago a hora do intervalo para tocar, e quando bateu o sinal fui correndo para a sala de musica e quando cheguei lá novamente tirei minha guitarra pluguei ela na caixa de som mais próxima, ligue o microfone e comecei a tocar um cover de uma musica que eu gostava muito, apesar dela falar de amor, toquei e cantei como nunca havia feito em toda minha vida, enquanto cantava e tocava sentia as lagrimas que eu mantinha dentro de mim escorrer pelo meu rosto de modo em que nem se quisessem que eu parasse de tocar pararia, estava me sentindo bem, estava em completo êxtase, porque pararia algo que estava me fazendo bem? 
Enquanto tocava a diretora estava andando pelo corredor e ouviu eu cantando e tocando, e para meu espanto ela simplesmente entrou na sala de musica e ficou vendo eu cantar e tocar até o fim, quando terminou ela bateu palmas e disse:

-Parabéns rapazinho gostei do seu estilo de tocar e cantar, por um instante me senti tocada com a letra da musica.
-Obrigado diretora. – Respondi sem graça e meio corado
-Ah que isso garoto deixe de modéstia, você tem talento para a musica, não gostaria de tocar no festival da escola nesse fim de semana? – Perguntou ela com um sorriso no rosto, não havia levado muito a sério nenhum dos seus comentários nem seu convite, mas podia ver em seu rosto, alguns poucos rastros de lagrimas e então eu me levantei e disse:

-Ta bom vou pensar direitinho sobre isso pode ser?
-Sim com certeza, mas pense com carinho e me de a resposta até no Maximo quarta.- disse ela com um sorriso leve no rosto.
De fato essa era a chance que eu estava esperando para talvez mostrar que sou útil em algo sem ninguém para me criticar ou dizer que eu era arrogante, mas no fundo só queria ser eu mesmo, queria poder ser alguém que pudesse ser meio comum às vezes, mas sabia que não era e nem nunca seria e isso nunca poderia ser mudado, me descriminavam simplesmente por eu gostar de musica e coisas que não era lá a modinha do momento.
Mas bem depois do intervalo, enfrentei mais duas aulas massacrantes e fui para casa, enquanto caminhava na rua veio dois garotos com mais ou menos seus 20 anos e sem motivos aparentes começaram a me bater, me derrubaram no chão e me bateram até se cansarem então se viraram e foram embora, depois da surra que eles me deram para me levantar foi hiper difícil, a ponto de eu ter que me apoiar em alguma mureta da rua e ir aos trancos e bem cambaleante para casa, quando estava quase caindo alguém veio e me segurou, e então perguntou:

-Você está legal?
-Um pouco machucado, mais tudo bem... É meio que de lei vir alguém querer me socar ou fazer isso quando não gosta de mim...Mas quem é você?Nunca te vi por aqui. – Perguntei eu, e de fato nunca havia a visto pela rua, era uma garota que estava me segurando e muito bonita por sinal, por um instante cheguei a sentir meu coração acelerar, mas rapidamente passou, então ela com um sorriso no rosto respondeu.

-Meu nome é Maira me mudei hoje, e qual é seu nome? 
-Meu nome é Evan...Hum bem...- Nesse momento percebi que estava esquecendo das minhas coisas e da minha guitarra, antes que eu pudesse perguntar algo Maira simplesmente olhou para mim e disse:

-Não se preocupa não to com a sua guitarra aqui, com ela e com as suas coisas. Alias você toca em alguma banda?
-Não, ainda não. Bem para ser sincero prefiro tocar sozinho mesmo, não me dou bem com grupos. – Respondi, então nós dois ficamos conversando sobre isso horas.

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