domingo, 4 de janeiro de 2015

Hal – Resenha

Gênero: Animação
Produção: Wit Studio/IG Production
Diretor: Ryōtarō Makihara
Produtor: Jouji Wada
Character Design: Sakisaka Io
Música: Michiru Oshima

Duração: 60 Minutos



Something about you now. I can't quite figure out
Everything she does is beautiful. Everything she does is right
-You and me by Lifehouse


Uma coisa que eu, como pessoa hiperativa que sou, não consigo é prestar atenção cem por cento em filmes. Talvez seja por que alguns filmes não me chamem tanto atenção, ou porque sou uma pessoa que só consegue ler focado, honestamente não sei, mas posso dizer com todas as letras que Hal foi um filme que me fez ficar vidrado durante a 1h00 que o filme possuí. Enfim, sentem-se e acompanhem minhas considerações sobre essa maravilhosa obra.

Sinopse:

A história do longa gira em torno de Kurumi, uma jovem que descobre que o menino que ela ama, Hal, faleceu em um trágico acidente. Kurumi fica profundamente triste, mas no lugar de Hal outro garoto aparece. Este garoto na verdade é um robô e, por mais estranho que possa parecer, também atende pelo nome de Hal.

Considerações:


Antes de começar a falar sobre o filme em si, cabe à menção que o filme é de 2013, teve direção de Mikahara Ryotaro e contou com o character design de Sakisaka Io, que também é a autora de Aoharaido (ou Ao Haru Ride). Além do filme, há também um mangá com a mesma história do longa que foi desenhado por Umi Ayase e foi publicado na Betsuma, da Shueisha, na primavera de 2013.
Devo dizer assisti o filme e o mangá para ver se haviam diferenças nas adaptações e não encontrei nenhuma que seja digna de nota. Na realidade não vi diferenças, até o final acaba sendo o mesmo e te dando o mesmo impacto. Vale destaque para o traço da Ayase sensei que soube emular bem o design feito para o filme pela Sakisaka.


Agora falando da história para não ficar algo repetitivo e chato; devo dizer que perfeito não define o quão tocante e envolvente é a obra. Desde o começo você se apega ao Hal e a determinação que ele tem para fazer a Kurumi sorrir, sendo bem honesto, nota-se que ele quer realmente fazer aquilo para o qual ele foi programado, que é devolver a alegria dela e para isso ele não mede esforços, quer seja cozinhando para ela, ou até mesmo lhe dando uma girafa.
Já a Kurumi é uma personagem que é abordada de um modo simples, porém direto (e isso, nos é entregue desde o começo do filme); ela perdeu o Hal em um acidente aéreo e por esse motivo ela se vê em frangalhos, já que ele era alguém especial demais na vida dela, diria até que era o amor de sua vida. Perde-lo a fez ficar afastada de tudo, parar de sorrir e, até mesmo, de comer. Logo ela se torna uma personagem com uma evolução notória, pois aos olhos de muitos, o desafio maior seria fazê-la voltar a sorrir e a viver. Era preciso ela seguir e o robô Hal se torna essa luz no fim do túnel.



O roteiro segue, de modo simples, o modo como Hal vai, aos poucos, fazendo a Kurumi recuperar a vontade de viver, o sorriso e a vontade de seguir. É algo o diretor soube conduzir bem, pois não ficou nada largado, ao contrário, em alguns momentos sente-se que se tivesse tido mais tempo a história talvez se perdesse, pois mesmo com apenas 60 minutos de filme a lição que fica ao final é clara e tocante, provando a competência da direção em um todo.
Como eu disse no primeiro parágrafo, o mangá foi publicado pela Betsuma na primavera de 2013, com desenhos de Umi Ayase. Ele é uma One-shot e conta com 4 volumes que em nada devem ao filme, na realidade me arrisco a dizer que fiquei mais cativado ainda pela história. A autora soube aproveitar o enredo que tinha em mãos e fazer algo que cativasse quem tivesse dúvidas de ver o filme. Apenas como menção sobre a versão mangá, as páginas coloridas são divinas e te deixam ainda mais impressionados com o desenho da Ayase, sem contar que, como já dito anteriormente, ela conseguiu emular bem a arte da Io sensei e isso apenas soma em uma obra tão boa.

Vale a menção, também, que o animê foi exibido em território americano também em 2013, no Animê Expo. A obra nos EUA foi licenciada pela Funimation e conta com dublagem em inglês. Honestamente, não custa sonhar com algum serviço de Streaming adquirindo o animê e deixando ele em seu catálogo, ou até mesmo uma editora adquirindo o mangá, sendo um One-shot seria válido arriscar.
No fim, creio que esse é um filme que vale muito a pena. Quando você estiver lendo a resenha, vai se perguntar o porquê não dei mais detalhes e me foquei apenas em deixar um gostinho sobre a história e seus personagens. Talvez me chame de colunista preguiçoso, ou semelhante, mas aviso antecipadamente que isso é proposital, pois Hal é uma história envolvente, que emociona e merece ser vista para o pleno entendimento. Posso apenas garantir que a mensagem no final é clara; a mensagem de que devemos dar valor a quem nos é importante agora, pois quando morrer só nos restará às lembranças e teremos que seguir com ela. Não dá para pararmos no tempo, seria lindo se fosse possível mais não é. Então, cuide de quem você ama para que todos os momentos sejam eternizados. Enfim, confiram o filme, leiam o mangá e digam o que acharam; caso você esteja lendo essa resenha APÓS ver o filme, aconselho a falar seus sentimentos a quem você ama.


Nota: 10/10
PS: Como não achei a música do filme, abaixo vou deixar uma pequena setlist para quem quer ouvir algo enquanto lê o mangá.

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